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Técnicas de tratamento

Radioterapia

Existem duas grandes categorias de radioterapia; ambas foram desenvolvidas para atingir o tumor com precisão, minimizando o efeito da radiação no tecido saudável circundante. Na primeira categoria, radioterapia com feixe externo (EBRT), ou teleterapia, a radiação é aplicada por uma máquina chamada acelerador linear, ou linac, que emite um feixe de raios X de alta energia à distância e o concentra no local do tumor. Na segunda categoria de tratamento, a radiação é fornecida por material radioativo colocado perto das células cancerosas, inclusive com inserção no corpo – um procedimento chamado braquiterapia (também chamado de radioterapia interna ou radioterapia com implante).

Radioterapia de feixe externo

VMAT/RapidArc é uma forma avançada de IMRT que foi introduzida em 2007. A VMAT – arcoterapia volumétrica modulada, ou terapia em arco modulada volumetricamente – utiliza um software especial e um acelerador linear avançado para fornecer tratamentos de IMRT até oito vezes mais rápido do que era possível anteriormente. Ao contrário dos tratamentos convencionais de IMRT, durante os quais a máquina deve girar várias vezes ao redor do paciente ou fazer paradas e reinícios repetidos para tratar o tumor de vários ângulos diferentes, a VMAT/RapidArc pode fornecer a dose para todo o tumor em uma única rotação, em menos de dois minutos.

IMRT, ou radioterapia de intensidade modulada, usa varreduras 3D do seu corpo para guiar os feixes de radiação para o tumor de muitos ângulos diferentes. Em cada um desses ângulos, a intensidade da radiação é variada (modulada) e a forma do feixe é alterada para corresponder à forma do tumor. Esses ajustes permitem que a quantidade prescrita de radiação seja entregue a cada parte do tumor, minimizando o efeito no tecido saudável circundante. Via de regra, os tratamentos são administrados diariamente, por 10 a 20 minutos, durante um período de seis a oito semanas.

IGRT, ou radioterapia guiada por imagem, utiliza software de computador sofisticado para analisar uma série de imagens e criar uma imagem tridimensional detalhada da área alvo e do tecido circundante, o que permite que sua equipe visualize o tumor e sua posição em seu corpo antes e durante cada tratamento. As varreduras geralmente são produzidas por tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) ou tomografia por emissão de pósitrons (PET-Scan).

SRS, ou radiocirurgia estereotáxica, é uma técnica mais comumente usada para tumores no cérebro ou na coluna vertebral. Ao contrário da IMRT, a SRS é normalmente administrada em um máximo de cinco sessões, usando doses mais altas de radiação em cada sessão. Apesar do uso da palavra "cirurgia" em seu nome, a SRS não envolve a remoção do tumor com lâmina cirúrgica. Em vez disso, um feixe de radiação concentrada de alta intensidade é usado para atingir o tumor.

SBRT, ou radioterapia estereotáxica corporal, é uma técnica muito semelhante à SRS, mas é usada para alvos que não estão localizados no cérebro ou na coluna vertebral. A SBRT é mais comumente usada para alvos nos pulmões, fígado, pâncreas e rins, e, em geral, é administrada em, no máximo, cinco sessões.

Braquiterapia (radioterapia interna)

A braquiterapia trata o câncer colocando fontes radioativas próximas à área-alvo, inclusive com inserção no corpo. A técnica provou ser uma excelente opção de tratamento para muitos cânceres de próstata, colo do útero, endométrio, mama, pele, brônquios, esôfago e cabeça/pescoço, bem como para sarcomas de tecidos moles e vários outros tipos de câncer. Existem duas técnicas comuns disponíveis para o médico administrar braquiterapia: LDR e HDR.

Braquiterapia LDR (Baixa Taxa de Dose)

A LDR usa sementes radioativas seladas e de baixa resistência, do tamanho de um grão de arroz, para aplicar radiação no alvo. Essas sementes são implantadas permanentemente no corpo. À medida que as sementes emitem radiação, vão perdendo força e, em poucas semanas, já não emitem quantidades mensuráveis de radiação.

Braquiterapia HDR (Alta Taxa de Dose)

A HDR usa fontes radioativas de maior intensidade (em comparação com a LDR) para aplicar radiação no alvo. Ao contrário da LDR, essas fontes são implantadas no corpo apenas temporariamente.