Glenn Moberg
Em maio de 2011, Glenn Moberg teve um ataque cardíaco. Na época, ele estava um pouco acima do peso, então, sua esposa o incentivou a mudar sua dieta e ficar em melhor forma. Quando começou a perder peso, notou um pequeno caroço no pescoço – do tamanho de uma ervilha – e decidiu ir ao médico. Em agosto do mesmo ano, uma biópsia revelou que Glenn tinha células escamosas em seus linfonodos, e ele foi diagnosticado com câncer de pescoço em estádio 4 de origem desconhecida.
No início, seu médico no hospital para veteranos de guerra queria remover o nódulo cirurgicamente. Mas como o ataque cardíaco de Glenn ocorrera tão recentemente, seu médico achou que era melhor tomar outro curso de ação. Levando em consideração seu histórico de saúde e o estádio da doença, o médico de Glenn recomendou 35 tratamentos de radiação e 8 sessões de quimioterapia para erradicar o câncer.
Glenn, então, se encontrou com seu radioncologista, que concordou com a recomendação de tratamento do médico do hospital militar. O radioncologista explicou todo o processo para Glenn e sua esposa com muita franqueza. "Ele disse 'Vai ser difícil. Vamos ter que te dar uma surra. Mas o câncer é que vai apanhar até cair!'", lembra-se Glenn.
Glenn veio para tratamentos de radiação 5 dias por semana durante 7 semanas e fez tratamento de quimioterapia uma vez por semana durante 8 semanas. Em cada sessão de radioterapia, Glenn entrou e saiu da sala de tratamento muito rapidamente – geralmente em 20 minutos ou menos.
Antes do início do tratamento, o radioncologista de Glenn lhe deu informações detalhadas sobre possíveis efeitos colaterais. Na primeira semana de tratamento, Glenn se sentiu bastante normal. Durante o tratamento, ele recebeu todos os alimentos e remédios na forma líquida, já que muitos pacientes começam a ter problemas para engolir nas primeiras duas semanas. À medida que o tratamento avançava, a garganta de Glenn tornou-se muito sensível. Ele foi instado a engolir um pouco todos os dias, para que não precisasse treinar novamente os músculos da garganta para engolir após o tratamento. Então, mesmo quando recebia a comida através de um tubo de alimentação, tomava pequenos goles de água sempre que podia. Ele perdeu parte dos pêlos de sua barba cerrada. E, gradualmente, suas glândulas salivares e papilas gustativas perderam a maior parte de sua função. Seu médico o informou que isso poderia ou não melhorar após o término do tratamento.
Finalizado o tratamento, a maioria dos efeitos colaterais que Glenn experimentou acabou diminuindo. Ele consegue engolir e não precisa tomar água o tempo todo para compensar suas glândulas salivares. Também recuperou o paladar. Sua voz ainda está um pouco mais baixa e rouca do que antes do tratamento, mas consegue falar normalmente. A esposa de Glenn iria rir e lhe dizer: "A tagarela em casa sempre fui eu; então, as coisas não mudaram muito!"
Sete meses após seu diagnóstico em março de 2012, Glenn foi ao hospital dos veteranos para uma PET-Scan. O procedimento não mostrou sinais visíveis do câncer. Ele, sua esposa e a equipe de tratamento comemoraram.
Durante o primeiro ano de sua recuperação, Glenn fez exames a cada três meses. Agora, ele faz acompanhamento com sua equipe a cada seis meses e, possivelmente, dará entrada uma vez por ano para monitoramento. "Eles vão ficar de olho em mim para que, se algo aparecer, saibamos mais cedo do que da última vez."
Apesar dos efeitos colaterais que Glenn apresentou durante o tratamento, ele olha para trás com positividade e força. Ele é grato até mesmo pelo ataque cardíaco. Tanto ele quanto sua esposa sentem que o ataque cardíaco foi uma bênção, pois o inspirou a perder peso. Se isso não tivesse acontecido, talvez não tivesse notado o caroço.
Também é grato pelo excelente atendimento que recebeu e pelas técnicas usadas para tratá-lo. Ele diz: "A tecnologia está melhorando. E eu acredito totalmente nela agora. Embora eu não esteja ansioso para passar por isso novamente, não me assustaria se tivesse que fazer tudo outra vez."